sábado, 30 de julho de 2011

"Não basta abrir a janela
Para ver os campos e o rio.
Não é bastante não ser cego
Para ver as árvores e as flores,
É preciso também não ter filosofia nenhuma.
Com filosofia não há árvores: há ideias apenas.
Há só cada um de nós, como uma cave,
Há só uma janela fechada, e todo o mundo lá fora;
E um sonho do que se poderia ver se a janela se abrisse,
Que nunca é o que se vê quando se abre a janela."
Alberto Caeiro

Paredes de Coura


Ainda é sexta, mas…

Estou cá fora.
O verde tornou-se escasso
As casas ao fundo são pontos de luz
O som dos insectos é mais perceptível
Ritmos, dinâmicas, cores, diferentes
E mais ou menos constantes.
O cipreste ainda é verde do lado esquerdo.
O céu está escuro e estende-se como um manto
O café está frio, mas tomo mesmo assim.
De dentro da casa chegam rumores de um noticiário
qualquer
A natureza pode pouco contra os hábitos sociais.

O Cesário Verde e o Caeiro acompanham-me
mas a Natureza para eles era uma metáfora,
um idílio

sexta-feira, 29 de julho de 2011



"Eu hoje estou cruel, frenético, exigente;
Nem posso tolerar os livros mais bizarros.
Incrível! Já fumei três maços de cigarros
Consecutivamente

Doi-me a cabeça. Abafo uns desesperos mudos
tanta depravação nos usos, nos costumes.
Amo, insensatamente, os ácidos, os gumes
E os ângulos agudos
........................
Cesário Verde
Lisboa 1877

sábado, 23 de julho de 2011


"Pessoas loucas como eu não vivem muito, mas vivem como querem."
Amy Winehouse

Morreu a Amy Winehouse. Soube agora pelas noticias. Morreu a Amy Winehouse e levantam hipoteses…
como se não soubessem que ela ia morrer mais tarde ou mais cedo e quais as razões. Consigo ainda ouvi-la cantar ao longe e parece-me bem, muito bem mesmo.

domingo, 17 de julho de 2011

Pintura Japonesa

Fim de semana em Paredes de Coura. Chuva, algum frio, um livro de viagens do Teixeira Pascoaes e poesia dramática da Natacha Sampaio, Florbela dos nossos dias.
Dos meus,em todo o caso